Primeiramente precisamos saber que a mama é constituída por estruturas produtoras de leite (lóbulos), por ductos, que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo; por gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
Vasos linfáticos são semelhantes aos vasos sanguíneos, só que em vez de sangue, transportam linfa, um líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos em forma de feijões, ou gânglios ou nódulos linfáticos ou ainda linfonodos, que armazenam glóbulos brancos chamados linfócitos. A maioria dos vasos linfáticos da mama leva a gânglios linfáticos situados nas axilas, denominados nódulos ou gânglios axilares. Se as células cancerosas atingirem esses gânglios, a probabilidade de que a doença se espalhe para outros órgãos é maior.
A maioria dos cânceres de mama começa nos ductos (carcinomas ductais), onde alguns têm início nos lóbulos (carcinoma lobular) e os demais nos outros tecidos.
Nódulos benignos
A maioria dos tumores de mama é benigna, isto é, são crescimentos celulares que não se espalham pelo organismo e não ameaçam a vida da mulher. Mas só um médico pode dizer a diferença. A maioria dos nódulos (ou caroços) nas mamas são cistos, que contêm líquido.
TIPOS DE CÂNCER DE MAMA
Carcinoma in situ: é o termo usado para o câncer em estágio inicial, que está restrito ao local onde teve início, lóbulo ou ducto, e não atingiu nem os tecidos gordurosos próximos nem outros órgãos.
Carcinoma ductal in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo, está confinado aos ductos, não se espalhou através das paredes dos ductos e não atingiu o tecido gorduroso. Praticamente todas as mulheres com tumores neste estágio podem ser curadas.
Carcinoma lobular in situ: é o câncer que começa nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) e permanece restrito a elas, sem atravessar a parede dos lóbulos.
Carcinoma ductal infiltrante ou invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama e é responsável por 80% dos casos da doença. Ele começa nos ductos, atravessa sua parede e invade o tecido adiposo (gorduroso) da mama, de onde pode se espalhar para outras partes do corpo.
Carcinoma lobular infiltrante ou invasivo: ele começa nas glândulas que produzem leite ou lóbulos e pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 10% dos cânceres de mama invasivos.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres "exceção feita ao de pele". Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 213 mil novos casos este ano com 41 mil mortes. Lá ele é a segunda causa de morte por câncer entre mulheres, ficando atrás do câncer de pulmão. No Brasil, ele é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres.
Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado do número de células, que adquirem a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia ou tumor maligno.
No Brasil, são cerca de 49 mil novos casos de câncer de mama em mulheres por ano, e esse número vem aumentando nas últimas décadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O câncer de mama também pode ocorrer em homens, mas em número muito menor.
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames.
Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para ser detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.
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